Pai Joaquim De Aruanda meu inspirador!!!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A Conduta Esperada do Umbandista


Se somos pessoas religiosas, ou seja, se temos uma religião, espera-se de nós atitudes compatíveis com esta condição.

Em função disto já que sou umbandista, falo de minha religião e sobre o que é esperado de seus praticantes.

Muitos falam apenas na conduta esperada no médium antes e durante as sessões ou giras, mas quase nada se fala do depois da gira e normalmente o que é falado é sobre o imediatamente após a gira ou no máximo 24 horas após o término da sessão.

Não podemos e nem devemos ser umbandistas durante as 48 horas que giram em torno de uma sessão, mas sim 24 horas por dia e 7 dias por semana. Mas isso é no sentido da conduta no nosso dia-a-dia. O quanto nos preocupa a caridade, o amor, a fraternidade e o respeito pelo próximo, o quanto disto tudo faz parte de nossos corações e mentes, verdadeiramente.
Não adianta de absolutamente nada banhos, defumadores, preceitos preparatórios para as sessões, se quando a mesma termina, trocamos nossa roupa e esquecemos todas as palavras e orientações recebidas durante a sessão, saímos do centro achando que nossa missão e papel terminaram ali e conseqüentemente não aplicamos o nosso aprendizado.


A Umbanda é extremamente prática e nós temos obrigação de executarmos essa praticidade. Como? Tendo uma conduta compatível com a nossa religiosidade dentro e fora do terreiro.
As defesas de um terreiro não serão abaladas pela conduta inconseqüente de alguns médiuns, mas as defesas do médium sim. Daí advém problemas que alguns médiuns passam e ainda tem a coragem de afirmar que "tomou o banho" direitinho, que firmou o Anjo da Guarda direitinho, etc, etc... Ou ainda, o que considero pior: dizem que não merecem isso ou aquilo e que a “Banda” deles tem a obrigação de resolver!!


Desculpas! Meras e tolas desculpas, que servem apenas para ajudar a mascarar a verdade. E qual é a verdade que estou me referindo? A verdade que alguns médiuns e dirigentes acreditam que preceitos e oferendas substituem conduta moral correta, honestidade de propósitos, caridade e humildade!

Não! Em absoluto não! Não há banho, trabalho, preparo, despacho, oferenda, amaci, que substitua um coração nobre, caridoso, honesto e sincero! Para que os preceitos de Umbanda surtam efeito é fundamental a coerência entre o que está sendo feito e quem está fazendo ou recebendo.

Urge que nos tornemos aparelhos melhores. Preocupe-se menos com oferendas e mais com conduta moral. Aprenda primeiro a “oferendar-se”, pois como disse o Caboclo Pery na mensagem Oferendas Para Orixás somos a melhor oferenda que podemos dar aos nossos guias e mentores, mas eu digo, que precisamos ser dignos de sermos oferendados.

Lembre-se: somos os únicos responsáveis pelas companhias invisíveis que atraímos e mantemos. Cabe a cada um de nós respeitar a Umbanda através de atos nobres, corretos e coerentes com Ela dentro e fora do terreiro, pois não agindo assim, tornamo-nos os piores detratores de nossa própria religião, e para cada um de nós existe uma conduta esperada coerente com o fato de sermos umbandistas, e a intolerância e a vaidade não fazem parte dela.

Mensagem a ser publicada no livro "Umbanda - Mitos e Realidade" (no prelo)

Por Mãe Iassan Ayporê Pery - Dirigente do CECP - Centro Espiritualista Caboclo Pery

terça-feira, 24 de abril de 2012

Não Estamos Só


Para se compreender bem o título deste artigo, devemos começar dizendo que a morte nada retira nem acrescenta do espírito desencarnado.

Quando alguém deixa esta vida leva para o outro lado todo o patrimônio (espiritual) que acumulou em vidas passadas, acrescidas das conquistas feitas na sua última existência na carne.

Assim, se a morte deixa intacto o patrimônio moral e intelectual de um espírito, também preserva os seus gostos e as particularidades de seu caráter.

Desta maneira, o intelectual desencarnado continua a frequentar as bibliotecas, os salões de palestras e conferências, as universidades e outros locais afinados com ele; o espírito que gostava de arte pode prosseguir frequentando teatros, salas de pintura e até mesmo cinema. O sexófilo, por seu lado, busca secar as suas antigas paixões carnais nos "inferninhos", nos prostíbulos; nos lugares onde se fazem trocas de casais, nos motéis e assim por diante. Os antigos alcoólatras vagueiam nos bares em busca de afins, bêbados inveterados, que serão dominados por eles e se transformarão em canecos vivos desses espíritos infelizes.

Poder-se-ia perguntar:

Qual a utilidade de uma informação como essa? A resposta não é difícil: estamos vivendo em um universo repleto de vida espiritual invisível. É como disse o apóstolo Paulo de Tarso: "somos vigiados por uma nuvem de testemunhas, testemunhas do bem e testemunhas do mal."

Esses espíritos desencarnados que continuam a agir como se vivos estivessem, representam o papel de colaboradores, verdadeiros Anjos-da-Guarda caso sejam bons, mas temíveis "demônios"- obsessores (quando maus) que nos espreitam para tirar de nós seu proveito.

Esses seres do mundo invisível são atraídos para ambientes e situações com que se encontram afinizados e essas atrações acontecem através de uma espécie de cumplicidade entre as ondas mentais que lançamos no espaço.

Essas ondas podem entrar em sintonia com bons ou maus espíritos. Somos motivados ou mesmo intuídos a agir corretamente e a produzir boas obras. Em caso contrário, as nossas ondas mentais pesadas, densas, negativas, entram em contato com espíritos da mesma faixa vibratória. Com esta sintonia tendemos a praticar o mal sugerido pelos desencarnados com quem mantemos cumplicidade.

Esse fato explica com bastante clareza a violência que vemos com tristeza todos os dias em nossa sociedade contemporânea; vítimas desta espécie de espíritos, as pessoas (muitas delas médiuns indisciplinados e ignorantes na espiritualidade) tornam-se joguetes dos obsessores e praticam todas as espécies de crimes. São esses espíritos que a tradição mais antiga denominou demônios, trasgos, duendes e que se encontram entre os mais diversos povos e nas mais diversas épocas. Embora eu tenha usado o termo vítima para classificar aquele que permite ter a sua mente invadida por um espírito imperfeito, a bem da verdade essa "vítima" nada tem de inocente, pois foi ela que, com seus maus pensamentos, sua invigilância, chamou para perto de si este tipo de espírito.

Essas perturbações, em alguns casos, são tão graves que o obsediado é classificado como mentalmente insano e internado em um nosocômio com o diagnóstico de esquizofrenia ou outro rótulo usado pela  Psiquiatria. As pessoas que são detentoras deste tipo de conhecimento correm menor risco de sofrerem um processo objetivo uma vez que aprenderam a importância de cuidar para que seus pensamentos se mantenham em um nível mais alto, impedindo que espíritos impuros dele se aproximem e o tomem para si. Falando sobre a mútua influência entre encarnados e desencarnados, anota André Luiz:

"-Aqui, André, observa você o trabalho simples da transmissão mental e não pode esquecer que o intercâmbio do pensamento é movimento livre do Universo. Desencarnados e encarnados, em todos os setores de atividade terrestre, vivem na mais ampla permuta de idéias. Cada mente é um verdadeiro mundo de emissão e recepção e cada qual atrai os que lhe assemelham. Os tristes agradam os tristes, os ignorantes se reúnem, os criminosos comungam na mesma esfera, os bons estabelecem laços recíprocos de trabalho e realização"
Este texto confirma todas as coisas que dissemos até aqui, ou seja, que somos constantemente assediados por um grande número de espíritos desencarnados bons e maus. Mais à frente, neste mesmo livro, encontramos um exemplo de uma pessoa que por sua conduta espiritualizada não permite ser assediada por espíritos infelizes. Vamos conhecer este texto:


"Ela conserva ainda o seu vaso orgânico na mesma pureza com que o recebeu dos benfeitores que lhe prepararam a presente encarnação. Ainda não foi conduzida ao plano das emoções mais fortes e as suas possibilidades de recepção, no domínio intuitivo, conservando-se claras e maleáveis. Suas células ainda se encontram absolutamente livres de influências tóxicas; seus órgãos vocais, por enquanto, não foram viciados pela maledicência, pela revolta, pela hipocrisia; seus centros de sensibilidade ainda não sofreram desvios até agora; seu sistema nervoso goza de invejável harmonia e o seu coração envolvido em bons sentimentos, comunga com a beleza das verdades eternas através da crença sincera e consoladora."

Esta descrição denota a antítese entre a pureza e a impureza, entre a luz e as trevas. O personagem em questão não pode sofrer o assédio e muito menos a posse de espíritos impuros porque está inteiramente limpa e os espíritos impuros detestam a pureza na mesma proporção com que amam o vício e a podridão. Assim, quando um espírito ignorante se aproxima de um espírito que se encontra escudado no bem, ele se afasta.
Trabalhemos, pois, meus irmãos, para fazer uma faxina em nosso interior e, tornando-o limpo, não teremos porque temer os espíritos obsessores.


Livro "Missionários da luz", pags 56 e 58 - psicografia de Chico Xavier, pelo espírito Andre Luiz

        Por José Carlos Leal


quarta-feira, 11 de abril de 2012

O Verdadeiro Amigo


Filhos amados,

Calcados naquilo que nosso senhor Jesus Cristo falou a gente pergunte: quem são os nossos amigos? É muito fácil vocês descobrirem quem são os verdadeiros amigos. O verdadeiro amigo é aquele que é capaz de compartilhar com você coisas grandes, a fé, a caridade, a solidariedade. Amigo é aquele que, mesmo sabendo que você errou, é capaz de silenciar o máximo que puder para você jamais perder a auto estima. Amigo é aquele que, nos instantes de alegria, é capaz de nos abraçar e sorrir unido a nós e levar a notícia dessa alegria para que outros também se alegrem. O amigo é capaz de estar presente no instante em que a gente chora e sofre, mas é capaz também de respeitar a nossa ausência e nosso silêncio, não impondo confissões nem, em momento algum, que sejamos os portadores de privilégios que ele, na verdade, não deseja conceder. Amigo não é exclusivista, nem egoísta, ele compartilha. Porque amizade é um sentimento muito amplo e muito belo, é um sentimento que se expande de coração para coração, entrelaça as vidas e solidifica os elos de alma. 

Jesus foi um grande amigo dos discípulos, é o grande amigo da humanidade. É o grande amigo dos que sorriem e dos que choram. É o nosso grande amigo em qualquer tempo, porque nos ensinou normas de vida que, se nós obedecermos, seremos menos infelizes e mais ditosos.

O contrário de tudo isso que eu disse, é aquele que é falso amigo.

Por isso, meus filhos amados, mão na mão no trabalho, coração palpitando no mesmo compasso da luz com Jesus, caminhar sempre buscando a frente. Não adianta olharmos para traz, o que está atrás foi feito, foi realizado, estamos no hoje, tentando consertar as arestas do ontem. Não adianta olhar para trás, temos que nos fortalecer no hoje, construir o mais que pudermos, e deixar nas mãos de Deus o nosso futuro, porque ele terá enviado os sublimes que saberão decidir muito melhor do que nós, porque todas as vezes que decidimos nossas vidas nós erramos e todas as vezes que colocamos nossas vidas a serviço de Jesus, com Jesus e por Jesus, nós acertamos, encontramos os verdadeiros amigos que compartilham, que também lutam e que também avançam. Sentimos a alegria pura, aquela alegria que é capaz de transpor montanhas, ultrapassar oceanos, ir além no além, no abraço de alma e falar: que bom, você está comigo. Esse é o verdadeiro Amigo!

Eu vou falar de uma experiência que eu tive:

Conheci um médico que se dizia muito amigo, solidário. Sempre me criticando pelo que eu fazia, pelo tempo que eu perdia, que eu devia arranjar mais recursos monetários, que devia pensar mais em mim. Mas como? Numa época em que a medicina ainda se arrastava, que os conhecimentos que tínhamos eram poucos. Como eu podia abandonar tantos enfermos a quem, às vezes, podia dar tão somente um pouco de conforto, um pouco de consolo, porque eu sabia das minhas limitações. Mas ao chegar no plano espiritual, eu constatei que eu nunca estive sozinho em meu consultório, tinha pessoas que saíam de lá e ficavam curadas. O que foi que curou?

Em verdade, havia dezenas e dezenas de companheiros do plano espiritual: socorrendo, ajudando, aproveitando a minha presença para atuarem mais, para servirem. Então, na verdade, foi Bezerra de Menezes que ajudou todos aqueles pobres que ficavam tão agradecidos? Não meus filhos, eu, na verdade, fui mero instrumento, instrumento imperfeito. Agora, eles, do plano espiritual sim, ajudaram muito, resolveram problemas de depressão que muitas vezes escondiam dramas familiares, resolveram problemas de obsessão. Claro que não resolveram, às vezes, o problema do pão, do arroz, do feijão. Mas naquela época, por incrível que possa parecer a vocês, arroz, feijão e fubá não faltava na mesa do pobre. Arroz e feijão, hoje, é luxo na mesa do pobre.

Vocês vejam, existe um mundo de amigos com quem a gente está, que se preocupam conosco. Tive um amigo que, muitas vezes, me mandava uma banda de porco, ficávamos nós com a gordura para dois, três meses e a minha esposa não esquecia um instante de elogiar esse amigo, que tinha me dado uma banda do porquinho engordado. Eu também salivava com os pedacinhos de carne de porco que punha lá e tinha o capricho de partir e por na farinha, principalmente farinha torradinha.

Mas esse amigo, eu cheguei ao plano espiritual um dia e vi uma pessoa enlouquecida e eu falei:

- Quem é ele? Porque está assim tão desesperado?

Ele desencarnou 15 anos depois de mim. Eles falaram:

- É de onde você veio.

Eu fui vê-lo. Quando ele me viu, ele falou:

- Bezerra eu estou sofrendo muito, eu estou muito infeliz, deixei tanta coisa para trás, tanta coisa boa e hoje eu estou aqui sem saber o que fazer de mim. Vim para este local, não gosto de ninguém aqui, não consigo me adaptar, eu quero voltar para minha casa.

Então eu disse para ele que voltar para casa dele seria a pior coisa do mundo. Porque a esposa não iria falar com alguém que era fantasma, intocável. Os filhos tinham ficado todos muito bem, estavam gastando a larga tudo aquilo que ele havia deixado, o seu patrimônio, a não ser um dos filhos que também se tornou médico e que foi uma pessoa muito sensata. A não ser isso, as filhas casadas, sempre naquele processo de se divertir, não valia a pena voltar. Então eu disse para ele:

- Olha é melhor você se arranjar, com esse amigo aqui, porque eu passei a vida inteira ouvindo os seus conselhos, agora chegou a vez de você ouvir os meus.

E ele falou:

- Não me interessa os seus conselhos.

Eu falei:

- Os seus também não me interessavam, no entanto eu os ouvi. Agora chegou a sua vez de ouvir o que não te interessa.
Ele ficou um tanto assustado e foi embora.

Eu falei:

- Olha, quando você precisar de um amigo, me procura.

Passaram uma duas semanas, mais ou menos, daí a pouco eu o vi correndo pelo corredor.

- Bezerra, eu não vou conseguir mesmo voltar para minha casa, vou Ter que ficar aqui. Será que você me arranja um jeito de eu fazer alguma coisa? Falaram que eu não posso trabalhar aqui. Você imagina, um médico que ganhou rios de dinheiro como eu, fui para França, fiz tanto, tanto e tanto pela medicina, fui homenageado. Agora eu chego aqui, e não posso fazer nada!

Falei:

- Não... Tem uma ala aqui que você vai poder fazer muito por eles.

Entrei com requerimento junto ao Ministério e arranjamos uma ala de ricos insuportáveis, que estavam em tratamento, para que desfiassem as suas inúmeras queixas, dia após dia, naquele ouvido, tão pouco propenso a ouvir e aquela boca tão propensa a falar o que não convinha.

Eu continuei trabalhando e ele lá no meio de alguns conhecidos muito ricos que também tinham perdido tudo. Porque tudo que conquistaram estava na terra, não tinham nada no plano espiritual. Esqueceram de passar, para o muro de lá, as bagagens que teriam de, ao saltar o muro, carregar.

Quem podia trabalhar não ia perder tempo com lamúria, não é? Então ele ficou com essa tarefa.

Ele não gostava de pegar o dinheiro deles? Não queria o consultório cheio de mulheres ricas, bem vestidas, perfumadas?
Quando eu tirava bicho de pé nos meus pobres, porque nos cortiços dava muito bicho de pé, ou tratava daqueles ferimentos, carrapato, sarna, tanta coisa...

Ele ficava horrorizado e falava:

- Você foi aprender Medicina para fazer isso que você faz?

Pois foi isso que me ajudou. Se vocês querem crescer, meus filhos, vão tratar uma sarna.

Que o Mestre nos ampare.


Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Shyrlene Soares Campos

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sou Umbanda


Sou preto, sou branco, sou moreno. Sou magro, sou gordo, sou grande, sou pequeno.
Sou mato, sou da mata, sou do mar, sou do rio, da cachoeira que vem te banhar……
Sou vento, tempestade e furacão……sou mistério, sou porto, sou luz para a escuridão…..
Sou a mão que te levanta, a palavra que falta, o caminho que não vejo e a mão que protego……..sou homem, sou mulher, sou criança………..e graças a minha FÉ……pra muitos sou esperança…….sou seu amigo, melhor que isso, sou irmã ou irmão. Pouco importa!!! ã ou ão………..o que importa é o que vem do coração……..
E é no coração que carrego cada um de vocês meus filhos!!!!!!!! E sei que vocês também me levam dentros dos seus corações………
Obrigado por poder contar com cada um de vocês, e levarem a minha, a nossa bandeira……………..
Obrigado!!!!!! EU SOU A UMBANDA………….

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Oferendas no ritual Umbandista


Pergunta: Qual a finalidade das oferendas dentro do ritual Umbandista?

Baiano José: Sei que minha resposta vai desapontar a muitos irmãos e irmãs que direcionam sua mediunidade dentro da lei de Umbanda, mas em pleno século XXI fica inaceitável ainda acreditarmos que velas, frutas, panos e flores possam fazer o resultado acontecer por si só, sem a necessidade de uma reforma intima e uma fé balizada na proposta de Jesus em nossas vidas.
As oferendas em sua origem Africana diferem e muito do objetivo que hoje são direcionadas, lá temos o negro que devido a época em que se encontrava oferecia aos Orixás o que tinha de melhor dentro de sua casa. Tomemos como exemplo quando vamos receber visitas em nossa casa, sempre gostamos de oferecer o que temos de melhor e nesta localidade o negro oferecia o que não lhe faltava a mesa, ai vemos o fundamento da "comida" dentro do ritual Umbanda, originando a festa comemorativa do OLUBAJÉ.
Nos dias atuais com uma gama de informações que nos chegam através dos meios de comunicação como: Sites, mídia televisiva, livros de diversos autores etc... Ainda encontramos irmãos e irmãs sujando cachoeiras, praias, campos, matas etc... Levando a estes locais "comida" para conseguir sucesso financeiro, amor, saúde, paz e harmonia, dons que compete a cada um buscá-los através do empenho e da atitude de progresso e isso não compete a este ou aquele Orixá cuja finalidade na natureza como essência divina é bem diferente do que infelizmente ainda presenciamos nas "casas de santo", "terreiros" e "santuários".

Santo não come meus filhos, por que não existe matéria carnal para isso! A ativação do elemento vegetal pode ser feita mentalmente através de uma prece com fé e devoção. Tomemos como exemplo se um de meus irmãos ou irmãs desejam fazer uma oferenda a Oxum em uma cachoeira, podem se dirigir a mesma levando flores que deverão ser plantadas ato este que preserva, não choca e mantém a atitude de respeito para esta força denominada Orixá. Após o plantio, podemos entoar de forma singela um cântico para Oxum e com fé e devoção fazermos nossa oração que lhes asseguro meus irmãos e irmãs será escutada da mesma forma.

Hoje cometem-se excessos em nome da Umbanda e os mesmos mais servem de "muleta vibratória" do que "fundamento doutrinário".

Não adianta nos dirigirmos a um ponto onde se concentra esta ou aquela força de Orixá, para sujarmos e poluirmos este santuário natural. O ato de oferendar a inicio impressiona pelas cores, formas e essências que compõem uma oferenda, mas vale lembrar que isso vai apodrecer com o tempo, gerando náuseas, asco e infelizmente criticas classificando a Umbanda como "manifestação de baixo espiritismo!"

Não temos intenção de ofender aqueles que acreditam que o sabonete e o Manjar para Yemanjá vai lhes trazer algo, isso é uma questão doutrinária em que muitos ainda necessitam desta "muleta" para desenvolverem sua fé e fortalecerem sua crença.
Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, - deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la. - (S. MATEUS, cap. V, vv. 23 e 24.) 8. Quando diz: "Ide reconciliar-vos com o vosso irmão, antes de depordes a vossa oferenda no altar", Jesus ensina que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o que o homem faça do seu próprio ressentimento; que, antes de se apresentar para ser por ele perdoado, precisa o homem haver perdoado e reparado o agravo que tenha feito a algum de seus irmãos. Só então a sua oferenda será bem aceita, porque virá de um coração expungido de todo e qualquer pensamento mau. Ele materializou o preceito, porque os judeus ofereciam sacrifícios materiais; cumpria--lhe conformar suas palavras aos usos ainda em voga. O cristão não oferece dons materiais, pois que espiritualizou o sacrifício. Com isso, porém, o preceito ainda mais força ganha. Ele oferece sua alma a Deus e essa alma tem de ser purificada. Entrando no templo do Senhor, deve ele deixar fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão. Só então os anjos levarão sua prece aos pés do Eterno. Eis aí o que ensina Jesus por estas palavras: "Deixai a vossa oferenda junto do altar e ide primeiro reconciliar-vos com o vosso irmão, se quiserdes ser agradável ao Senhor."

O Evangelho segundo o espiritismo - Editora FEB

A Umbanda meus irmãos e irmãs passa por um momento de espiritualização e religião sem espiritualização é só um amontoado de dogmas!

Psicografado por Géro Maita

Para Refletir!!!